segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Fragmento de uma história.

Que peso que dá quando exageramos a dose! Não apenas do fim de semana que abusei do excesso de álcool e dos gastos excessivos.

A dose extra de falar bobagem pra pessoa errada. De ouvir bobagem da pessoa certa. E tem certas dores que não se curam com o álcool, apenas se intensificam. Mas não adianta falar quando não se faz; deixo a bronca de lado e entro nessa onda dos excessos.


Nos arrependemos levemente; deitadas o dia todo de domingo, tentando superar a dores no braço e a sensação de que os órgãos cozinham. Ainda temos que ter força, porque ainda é domingo e vamos ver algo mais brasileiro depois de três dias de rock internacional.

Coisa leve. Mas ainda pesa os excessos pelo sono que bate e quando olhamos a carteira e vemos que gastamos muito mais do que deveriamos. Mas PORRA! Esse dinheiro sempre some mesmo, nunca sobra. Some nas consultas médicas, no cigarro, no tratamento, nas contas de casa, no posto de gasolina, etc. Que seja por nós!

Apenas mais um fim de semana entre todos aqueles que vivemos, entre todos os dias que dividimos, entre as conversas da madrugada, entre choros e risos. Entre a ânsia e o medo de amanhã. Entre a inútil tentativa de entender que vida é essa.


Teria fim esse mundo, mundo paralelo? Mundo que criamos, que construímos nesses quase 7 anos. Não, nada é normal, tão pouco racional. São sentidos e sensações. É a ausência e a presença, discussão e afago. Dor e alegria. Fora dos padrões de moralidade vigentes nesse caótico mundo social.


Sempre quis escrever algo sobre isso tudo que lateja em minha memória, mas me parece mais difícil que escrever o bendito projeto que protelo dia- a- dia. São tantas vidas e histórias, tanta coisa que não caberia em rabiscos num papel.


É indescritível. E para alguns até incompreensível. Tantas coisas precisariam para ilustrar, tantas trilhas sonoras. Mesa de sinuca, macumba na sala, cadela de rua, seriais killers, Tim Maia, Cordel, festa de republica, batida com banana e café, amigo secreto, mil séries, brigadeiro de colher, Nação, Elis, jargões, truco, Sacis e exus, dançar na chuva, pirofagia, vinho no lago, ciência, Teatro Mágico, etc. etc. Eu, você e todos eles!


Por vezes me arrependo de ter ficado tanto no quarto, de deixar de viver essa história. Mas sempre sabendo que era pra sempre. Nenhum arrependimento pelo que foi vivido, só pelo que foi deixado de lado ás vezes.


A única certeza que essa história me faz ter é quer não terá fim e mesmo que não tenha o amanhã, eu tive vidas em minha vida. E essa vida não é permitida morrer.


Aguardo por mais dinheiro na carteira e o fim daquilo que ansiamos, pra jogarmos mais uma partida de sinuca, dividirmos mais uma garrafa de cerveja e conversarmos até o dia nascer. Quem sabe no lago...

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